Mercado financeiro reage de forma negativa à vitória de Milei na Argentina

Governo anunciou intervenção: desvalorizou o peso e subiu os juros

Edgar Maciel

Javier Milei
REUTERS/Stringer

Os títulos soberanos da dívida externa caíram 12% e as ações de empresas argentinas despencaram 18% em Wall Street.  O dólar ficou fora de controle e teve alta de 22%. 

Para acalmar os mercados, o governo decidiu aumentar a taxa básica de juros em 21 pontos, para 118% ao ano e fixou o câmbio do dólar para 350 pesos.

O primeiro turno das eleições argentinas está marcado para o dia 22 de outubro.

Entenda

O candidato de extrema-direita Javier Milei, considerado o Jair Bolsonaro do país, foi o mais votado nas eleições primárias para a disputa à presidência da Argentina, neste domingo (13). A disputa eleitoral será realizada em 22 de outubro. 

Com 97,39% dos votos apurados, Javier Milei, da chapa La Libertad Avanza, tinha 30,04%. Na sequência, Patricia Bullrich, também de direita, e Sergio Massa, candidato do governo.

Javier Milei é economista e deputado, líder da coalizão de extrema-direita La Libertad Avanza. Ele defende mudanças radicais no país, como a extinção do Banco Central da Argentina e a dolarização da economia. 

"Temos condições de vencer no primeiro turno”, disse Javier Milei ao comemorar a vitória da coalizão em Buenos Aires.

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