Entre agosto e setembro serão abertas mais de 400 mil vagas temporárias no país. E a chance de ser efetivado é grande.
Foi o que aconteceu com o estoquista Ivonildo de Jesus Teixeira. Ele começou como temporário no fim de 2020, em uma loja de móveis usados de São Paulo; mostrou serviço e acabou efetivado em 2021.
“Uma alegria e tanto, né? Graças a Deus. Falei para a minha esposa: começar com o pé direito neste ano”, afirmou.
A loja diminuiu a equipe em 2020 para se proteger das incertezas da economia, impactada pelo novo coronavírus, e passou a chamar temporários quando necessário. Mas se abre vaga fixa, eles são os primeiros da lista.
“Se o trabalho do temporário estiver legal, a gente pensa direto na efetivação”, explica o diretor de operações do estabelecimento, Rodrigo Bustamante.
Antes da pandemia, de cada 100 temporários, em média 15 eram efetivados. Agora, subiu para 22 o número de funcionários que ficam de vez nas empresas. Os dados são da Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário).
Um levantamento de uma das principais agências do pais de empregos temporários mostrou que o número de vagas subiu quase 40% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. A tendência é que essa oferta continue crescendo nos próximos meses.
As oportunidades surgem, ainda que com salários mais achatados, já que há muita oferta de mão de obra. A projeção é de abertura de 420 mil vagas temporárias no pais até setembro.
“As atividades econômicas estão retomando, principalmente o setor de serviço - tem bastante oportunidade para trabalhador temporário. A própria indústria também”, disse Vania Montenegro, diretora da empresa de recursos humanos Employer.
“A gente vê que tem uma grande parte da indústria que está ainda congelada, né? E ela precisa se movimentar”, completou.