O fogo avança à medida que a seca se prolonga. A estiagem já é a maior registrada no país pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Em resposta à crise, o governo prepara uma medida provisória para criar Autoridade Climática e um Comitê-Técnico Científico.
"Nosso objetivo é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir de um plano nacional de enfrentamento aos riscos climáticos extremos. Nosso foco precisa ser a adaptação e preparação para o enfrentamento desse fenômeno", disse Lula.
Paulo César Zagalli, professor especialista em Geografia do Clima, considera fundamental a criação de uma autoridade climática. Segundo o professor, as ações adotadas pelo governo não têm tanta eficácia porque só ocorreram depois que o problema se tornou realidade, apesar dos alertas.
“Desmonte das frentes de defesa ambiental e que as medidas precisam ser preventivas, não reativas”, explicou ao Jornal da Band.
O Distrito Federal é uma das regiões mais atingidas pela estiagem prolongada e focos de incêndio. Nesta quarta (11), os bombeiros receberam 11 chamados em sete regiões.
Diante do cenário da estiagem, o governo analisa ainda ampliar autorizações para o funcionamento de usinas termoelétricas a gás. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a volta do horário de verão para economizar energia também é estudada.
Ainda nesta quarta, o ministro da Fazenda admitiu que a estiagem também pode prejudicar a produção de alimentos e impulsionar a inflação.
"Nós estamos acompanhando a evolução dessa questão climática, porque o efeito do clima sobre o preço de alimentos e, eventualmente, preço de energia, faz a gente se preocupar um pouco com isso”, disse Fernando Haddad.