Com o avanço da tecnologia na medicina, os procedimentos cardíacos ficaram ainda mais seguros. Nas salas de cirurgia, a presença da inteligência artificial já é frequente, auxiliando médicos a evitar erros e encontrar problemas cardíacos de forma mais efetiva.
O Jornal da Band acompanhou um desses procedimentos que usam I.A, ao lado do professor Alexandre Abizaid no Instituto do Coração. Durante um procedimento de cateterismo, que identifica obstruções em artérias, as imagens podem ser complexas para avaliar.
O olho humano pode errar, a tendência é achar que a obstrução é sempre maior do que é. E é aí que a tecnologia entra. "Quando utilizamos esses recursos de imagens com inteligência artificial, ele tira o erro humano", indica o professor Alexandre Abizaid.
Outra estratégia para identificar artérias obstruídas é fazer uma avaliação anatômica, que é a tomografia com inteligência artificial que mostra detalhes do coração. "Com essa tomografia, a gente tem uma resolução microscópica e a gente analisa a artéria por dentro, com o paciente vivo", afirma o professor.
Na Beneficência Portuguesa, em São Paulo, a arritmia cardíaca, antes tratada com um marcapasso incômodo, hoje é substituído por um de 20 milímetros. A diferença de peso do primeiro implante de marcapasso também é grande: antes, ele tinha 60 gramas. Hoje, são duas gramas.
Além do tamanho e peso, o novo marcapasso não tem cabos, que muitas vezes causam complicações. O cardiologista Carlos Duarte explica como ele é colocado no corpo. "Esse novo dispositivo ele é colocado por veia, então a gente coloca entrega ele dentro do coração", afirma.
A maioria dos implantes é feita em pessoas acima dos 60 anos, mas não é regra, muitos jovens têm marcapasso. "Com todo esse avanço tecnológico ao longo dos anos nos mostrou que não existe um limite para a evolução tecnológica, não existe um limite para auxiliar o paciente portador de doença cardíaca", conta o cardiologista José Tarcísio Medeiros.
Quando começar a fazer um check-up do coração?
Pelo menos 20% da população brasileira nunca fez um check-up do coração. Uma pessoa saudável, sem histórico familiar, deve começar a se consultar com um cardiologista a partir dos 40 anos.
Agora, quem tem familiares com fatores de risco precisa se consultar mais cedo. Os exames, mais complexos e elaborados, captam melhor a imagem do coração e, assim, facilitam a leitura dos especialistas.