Médico acusado de assediar vendedora ficará preso mais 4 dias no Egito

Sorrentino voltou ao mercado para pedir desculpas, mas pode ter desrespeitado novamente a cultura muçulmana

Da Redação

O médico brasileiro acusado de assediar uma vendedora no Egito vai ficar preso por mais quatro dias durante as investigações do caso. Especialistas apontam que as atitudes dele, mesmo ao pedir desculpas, são uma afronta aos valores islâmicos do país africano.

Depois da repercussão negativa da piada sem graça nas redes sociais, mas antes de ser detido, Victor Sorrentino havia voltado ao mercado para gravar outro vídeo pedindo desculpas à mulher.

A atitude pode ter complicado ainda mais a situação do médico, por desrespeitar novamente a cultura muçulmana.

"A mulher não pode tocar o homem e o homem não pode tocar uma mulher que não seja do seu seio familiar. O vídeo dele de desculpas só piorou a situação porque invadiu mesmo a privacidade da moça", afirma Mayara Carmo, editora do site Vida no Egito.

Hoje, o governo egípcio informou que vai manter a detenção de Sorrentino por mais quatro dias, durante as investigações sobre as ofensas à mulher e aos valores da sociedade.

Se for condenado por assédio sexual no Egito, o brasileiro estará sujeito a uma pena de até três anos de prisão. A comunidade islâmica classificou as atitudes de Victor Sorrentino como uma afronta aos princípios e valores familiares dos muçulmanos.

"Eu me senti ofendido, mesmo estando aqui no Brasil. Os muçulmanos do mundo inteiro sentiram-se ofendidos. É uma agressão, uma violência isto contra ela, contra a família e a sociedade como um todo", diz Rodrigo Rodrigues, sheik da Comunidade Islâmica no Paraná.

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