O holandês Max Verstappen chegou a São Paulo tranquilo e com o bicampeonato mundial de Fórmula 1 garantido. Mas quem pensa que ele veio só para cumprir tabela, se engana.
A repórter Mariana Becker conversou com exclusividade com o holandês da Red Bull. Ele mudou esse ano. Para melhor. Mais calmo, mais focado.
“Você sempre tenta melhorar, ser melhor piloto. E também pelas circunstâncias, que foram bem diferentes. No ano passado, a disputa pelo título foi até o fim, agora venci o segundo, o que diminui a pressão. Sim, estou diferente, mas também acho que por causa do carro. Com o carro melhor, tudo mudou”, disse o campeão.
Está mais calmo e segue direto. E franco. Mas não é fácil ser assim. “Continua dizendo o que acho, mas talvez a parte mais difícil é não poder dizer tudo. Com mais experiência, você passa a conhecer melhor o ambiente e as pessoas da Fórmula 1, o que ajuda muito quando encontra todo mundo”, disse.
Em 2021, o britânico Lewis Hamilton, seu arquirrival, saiu vitorioso em São Paulo. Apesar da derrota aqui no ano passado, o Brasil tem tido um gosto cada vez mais doce para Max Verstappen. Doce não... salgado!
“Amo a comida. O que tenho consumido de arroz e feijão por aqui, é inacreditável. Adoro!”, conta.
Provavelmente influência de Kelly Piquet, a namorada do piloto com quem ele foi aos lençóis maranhenses. “Adorei. É bem remoto e calmo. O Brasil é país é enorme, tem áreas bem diferentes. É muito bonito, quero conhecer mais lugares”, disse.
Com a filha de Kelly, Penélope, de 3 anos, e os sobrinhos, o audacioso e implacável bicampeão mundial revela o quão sensível ele também é.
“É fofo, vê-los crescendo, se tornando independente aos poucos, andando, correndo, caindo e levantando... começando a usar as mãozinhas e os dedos. É ótimo, muito divertido”, disse.
“Acho que sou sempre o cara legal. Quando a mãe diz não, eles vão até mim”, completa.