A deputada eleita Marina Silva (Rede) disse que conversa com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não tratou de convite para ser autoridade climática do Brasil. Ambos se reuniram nesta sexta-feira (23). Mais cedo, a senadora Simone Tebet (MDB) disse que só seria ministra do Meio Ambiente se a política acreana aceitasse o cargo.
“Tive uma boa conversa com o @LulaOficial [Lula] sobre os rumos da política socioambiental do país. Esclareço que no encontro não tratamos sobre convite para assumir a autoridade climática, que defendo ser um cargo técnico vinculado ao Ministério do Meio Ambiente”, escreveu Marina no Twitter.
Com isso, segue o impasse para Lula anunciar novos ministros. O presidente eleito passou a manhã com Tebet. À tarde, reuniu-se com Marina, que deixou claro que pensaria na proposta, apesar da pressão do próprio partido, a Rede, pelo aceite.
A pasta da Autoridade Climática terá status de ministério. Para Lula, Marina seria a “representante da defesa do meio ambiente” para o mundo, uma embaixadora do clima, que também participaria de decisões internas.
Fontes informaram à Band Brasília que Lula só aguarda o fim do impasse para anunciar novos ministros. O próximo passo é assegurar a maior base possível no Congresso.
“Nós estamos trabalhando para isso. É fundamental que essa base seja constituída exatamente para que a gente possa fazer uma série de mudanças legislativas fundamentais para que o Brasil possa retomar o desenvolvimento”, pontuou o deputado Carlos Zarattini (PT).
Articulações para ter base
Para ter a base, o novo governo precisa do apoio do centrão, tanto que o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, pode ir para o Ministério da Integração Nacional, com as bênçãos do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas).
O senador Alexandre Silveira (PSD) deve ir para Minas e Energia, apadrinhado pelo por Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.
O MDB ficaria com os Transportes, com o senador eleito Renan Filho e o deputado José Priante com as Cidades. Por outro lado, esta indicação enfrenta a resistência do governador do Pará, Helder Barbalho. O plano B seria colocar Tebet no cargo.