Mulheres da Independência: Maria Leopoldina e Hipólita Jacinta quebraram tabus

Na série especial da Band, você vai ver como mulheres notáveis fizeram a diferença na história do Brasil

Roberta Scherer

O projeto do jornalismo da Band sobre os 200 anos da nossa Independência te apresenta Maria Leopoldina e Hipólita Jacinta, duas mulheres que quebraram tabus e mostraram força lutando pela Independência do Brasil.

Nos livros de histórias elas pouco aparecem. Quando mencionadas são lembradas não por seus feitos, mas como parte da vida dos homens que as cercavam.

Mas durante todo o processo de independência, mulheres notáveis fizeram a diferença.

Começando pela por Maria Leopoldina que não foi apenas esposa de Dom Pedro I. Era conselheira política da coroa, e foi articuladora pela independência do Brasil.

Mesmo com sua relevância pública, Leopoldina ainda é lembrada por muitos apenas como a mulher traída por Dom Pedro e retratada como amargurada por um casamento arranjado pela família. Só que ela foi muito mais que isso.

Austríaca, Leopoldina era culta e estudou cinco idiomas durante a vida, inclusive português. A princesa e futura imperatriz foi essencial para convencer Dom Pedro a ficar no Brasil mesmo com a pressão de Portugal pelo retorno da corte.

Em agosto de 1822, durante uma viagem do marido, a princesa foi nomeada regente do país e vendo aumentar a pressão de Portugal para que ela e Dom Pedro voltassem ao país, Maria Leopoldina convocou o conselho de estado das províncias.

Aconselha por José Bonifácio de Andrada, ela assinou uma declaração de independência e enviou uma mensagem incisiva ao Imperador. Esse momento crucial foi registrado em tela, quase 100 anos depois, pela pintora paulista Georgina Albuquerque.

A escolha foi tomada pela pintora um século depois da Independência quando as mulheres lutavam pelo direito de votar.

Na mesma época, um outro quadro, desta vez pintado pelo italiano Domenico Failutti, retrata uma Leopoldina bem diferente.

Além da princesa, a história da independência tem outras brasileiras ilustres. Décadas antes do Grito do Ipiranga, já chamava a atenção a participação política de Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, dona de terras na cidade de Prado, em Minas Gerais. 

Durante a Conjuração Mineira – movimento separatista contra a dominação portuguesa – Hipolita abriu sua casa para reuniões, mesmo arriscando a vida.

Ela participou também enviando cartas, quando Tiradentes e Silvério dos Reis foram presos.

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