Manifestantes protestam contra reforma do judiciário em Israel

Milhares bloquearam trilhos de trem que faz ligação de Tel Aviv com Jerusalém

Edgar Maciel

Manifestantes protestam contra reforma do judiciário em Israel
Manifestantes protestaram contra o primeiro-ministro
REUTERS/Ronen Zvulun

Milhares de manifestantes protestaram na região de Tel Aviv, capital de Israel, contra a reforma judicial proposta pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Logo cedo na capital, os manifestantes bloquearam os trilhos do trem que faz a ligação de Tel Aviv com Jerusalém. 

Na estrada que leva ao aeroporto internacional, outro grupo decidiu bloquear a via. Uma tentativa de atrasar ao máximo a viagem de Benjamin Netanyahu, que foi pra Itália em compromisso oficial. E eles conseguiram, o congestionamento era tanto que o primeiro-ministro precisou pegar um helicóptero para chegar ao aeroporto. 

A reforma rejeitada por parte da população, quer dar ao parlamento o controle sobre as nomeações de juízes, o poder de anular decisões da Suprema Corte israelense e a possibilidade do governo de aprovar leis sem a revisão judicial. Muitas empresas liberaram seus funcionários para entrar em greve. E até militares da força aérea ameaçam parar os treinamentos caso a mudança aconteça.

Já são mais de dois meses de protestos aqui em Israel. E a cada semana que passa, as manifestações tem ficado cada vez maiores. Muitos acreditam que essa reforma, proposta pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pode enfraquecer a democracia israelense.

Israelenses afirmam que querem se sentir livres e que a reforma é uma ameaça à democracia. A poucos metros dos protestos, em Tel Aviv, três pessoas foram baleadas. Um dos atiradores foi morto pela polícia. O grupo radical islâmico Hamás reivindicou a autoria do ataque, considerado terrorista pelo governo israelense.

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