Máfia das apostas: autoridades apuram suposto grupo no Telegram com jogadores

Um dos líderes da máfia das apostas disse ao MP que recebia informações pelo Telegram de de jogadores dispostos a aceitarem dinheiro

Da redação

Máfia das apostas: autoridades apuram suposto grupo no Telegram com jogadores
Jogadores teriam ingressado em grupo no Telegram
Agência Brasil

O Telegram seria uma ferramenta usada por suspeitos de envolvimento na chamada máfia das apostas. Na plataforma, os investigados trocavam mensagens com o objetivo de negociarem a manipulação do resultado de partidas.

Em depoimento ao Ministério Público de Goiás (MP-GO), Bruno Lopes de Moura, citado pelos investigadores como um dos líderes do esquema, afirmou que recebia informações pelo aplicativo de mensagens de jogadores dispostos a aceitarem dinheiro em troca de irregularidades nas partidas. Segundo o depoente, para ingressar no grupo, era preciso pagar.

A Justiça já identificou pelo menos um resultado manipulado pela máfia das apostas. Foi no clássico Goiás e Goiânia, pelo Campeonato Goiano deste ano.

A investigação aponta que a defesa do Goiânia teria facilitado para perder no primeiro tempo. De fato, o placar ficou em dois a zero para o Goiás.

A Polícia Federal (PF) começou a coletar informações sobre a manipulação dos jogos. Um inquérito deve ser aberto a partir da próxima segunda-feira (15) por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, após um pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Além de reunir informações apuradas pelo MP-GO, também estão previstos depoimentos de jogadores suspeitos e até medidas como o bloqueio de bens dos envolvidos. Até o momento, quinze jogadores foram denunciados, dos quais sete são réus, e 11 foram afastados pelos clubes.

Depois do Athlético Paranaense, que dispensou dois jogadores suspeitos de envolvimento com a máfia das apostas, outros clubes estudam não só afastar, mas demitir jogadores. O Coritiba estuda uma forma de finalizar o contrato com o atacante Alef Manga, citado na investigação.

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