Mães, pais e família venezuelana estão entre as vítimas da tragédia em Vinhedo

Comissária de bordo chegou a mandar mensagem ao marido minutos antes do avião da Voepass cair na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo

Da redação

Histórias de vidas interrompidas pela queda do avião da Voepass, em Vinhedo, no interior de São Paulo, foram destaques no Jornal da Band deste sábado (10). No total, 62 vítimas fatais: mães, pais, namorados, amigos, esposas, maridos, filhos.

Entre as vítimas, a comissária de bordo Debora Soper Avila, de 28 anos. Apaixonada pela aviação, a profissional distribuía sorrisos todos os dias. Os relatos são dos familiares, hoje abatidos pela perda.

A Debora viveu o sonho dela. Infelizmente, ela morreu fazendo o que ela mais gostava, que era voar (Luiz Soper, irmão da comissária Debora Soper Avila)

Luiz Soper contou à Band que o cunhado, marido de Debora, recebeu uma mensagem dela minutos antes do avião cair.

“Meu cunhado recebeu a mensagem dela por volta de uma e vinte e pouco da tarde. Depois, vendo as reportagens, era o horário da queda do voo. Ela só conseguiu mandar uma mensagem para ele, dizendo: ‘Não esquece que eu te amo’. Eu acho que não deu tempo de ela mandar essa mensagem para mim, porque eu sei que ela mandaria, se tivesse tempo, para o pai e para a mãe”, desabafou Luiz.

Cantor amador, venezuelanos e pai e filha

Cada história está cheia de momentos especiais, como a de Regiclaudio Freitas, o “Bebel”. Ele gostava de cantar com amigos.

Joslan Perez, de quatro anos. Ele adorava brincar com a cachorrinha Luna. Em vídeo gravado horas antes do acidente, o pequeno venezuelano brincava com o animal. O menino, a mãe, a avó e o pet morreram na tragédia.

O programador Rafael Fernando dos Santos e a filha Liz, de três anos, também morreram na queda do avião. Ele foi buscar a menina em Cascavel, onde ela mora com a mãe. O destino final era Florianópolis, onde passariam o dia dos pais.

Fisiculturista ia aos EUA

A fisiculturista Daniela Schulz viajaria para os Estados Unidos, depois de pousar em Guarulhos, em São Paulo. Ela postou um vídeo nas redes sociais pouco antes de embarcar.

“Treinei cedinho. Foi bem corrido porque a gente começou a nossa saga para viajar. Inclusive, estou no aeroporto. Se Deus quiser, vai dar tudo certo. Logo estamos no nosso destino e vou mostrando tudo aqui para vocês”, disse Daniela antes do embarque.

Laiana Vasatta, advogada especializada em ações contra companhias aéreas, também é uma das vítimas. Ela encontraria com o marido, em São Paulo, para irem a um casamento. Ele pegou outro voo.

Confirmação de 62 mortes

A companhia Voepass chegou a divulgar que 61 pessoas morreram, mas, neste sábado (10), esclareceu que o nome do representante comercial Constantino Thé Maia não constava na lista oficial. Ele morava no Rio Grande do Norte e tinha ido a trabalho para Cascavel.

A tripulação era formada por quatro pessoas, o piloto Danilo Santos Romano, de 35 anos, o copiloto Humberto de Campos Alencar da Silva, de 61, e as comissárias Debora Soper e Rúbia Silva de Lima, de 41.

Os familiares das vítimas são recebidos no prédio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, localizado ao lado do Instituto Médico Legal (IML), onde são coletados materiais genéticos usados para a identificação dos corpos.

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