Duas famílias que tiveram seus bebês trocados na maternidade de Planaltina (DF), em 2014, decidiram que não vão desfazer o câmbio e vão ficar com os filhos não-biológicos.
As mães, que já convivem há sete anos com as crianças, estão abaladas. Uma das crianças ainda não sabe e está sendo preparada para receber a notícia.
A principal preocupação é com o impacto emocional. A única certeza, agora, é que as crianças vão continuar com as atuais famílias.
“Para a nossa cliente, tudo é muito novo. Tudo tem uma semana. Então, receber esse turbilhão de notícias, ainda está muito pesado para ela, desconfortante”, disse o advogado Caio Victor.
Os bebês nasceram com diferença de cinco minutos, no hospital de Planaltina, no Distrito Federal. A Polícia Civil vai analisar os registros do hospital para descobrir quem foi responsável pela troca.
Se for comprovada negligência ou intenção, o profissional vai ser indiciado e pode pegar até dois anos de prisão.
A troca dos bebês só foi descoberta depois que uma das mães. Geruza Ferreira, pediu à Justiça a revisão da pensão paga para a filha pelo ex-marido, que pediu um teste de DNA. Como o resultado deu negativo, a mãe também fez o exame, que comprovou: ambos não eram os pais biológicos.