Faltam apenas três dias para as eleições presidenciais na Venezuela. A quinta-feira (25) foi o último dia de campanha dos candidatos e na capital Caracas, a oposição e o chavismo fizeram mega comícios para mobilizar os eleitores. Além disso, o atual presidente, Nicolás Maduro, mudou o tom desde que falou que o país viveria 'um banho de sangue' caso não fosse eleito.
O ditador foi aos microfones na última semana ameaçar uma guerra civil caso não vencesse as eleições. Hoje Maduro fez um pronunciamento na TV, mudando o tom. Maduro disse que ele é a garantia de paz e estabilidade.
O filho de Maduro, o deputado Nicolás Maduro Guerra, também apaziguou a tensão que vive o país. Em entrevista ao El País, ele disse que caso o pai perca a disputa, ele entregará o poder e será oposição.
Caracas vive dividida atualmente. Os dois favoritos na disputa, Nicolás Maduro e Gonzáles Urrutia, saíram às ruas com grandes comícios. Foi a última chance de estar perto dos apoiadores, pra aquela que promete ser a eleição mais disputada dos últimos tempos no país.
A guerra de narrativas ocorre em meio à outra guerra, a das pesquisas, que apontam o favoritismo do opositor Urrutia. Urrutia é quem vai estar nas urnas, mas a campanha é comandada de ponta a ponta por María Corina, a figura política mais forte e influente da oposição venezuelana — impedida de concorrer nas eleições deste ano.
"Temos uma vantagem histórica. Está claro que vamos vencer e vamos cobrar. Confiamos que nossas forças armadas respeitarão a vontade do nosso povo", disse Urrutia a jornalistas. O Ministro da Defesa, Padrino Lopez, garantiu: quem ganhar vai montar seu projeto de governo. E quem perder vai para casa descansar.
Mais de 20 milhões de eleitores devem comparecer às urnas no próximo domingo. Milhares não vão poder votar porque fugiram para o exterior — muitos para o Brasil.
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
REUTERS/Maxwell Briceno