Macron enfrenta crise após nomeação de premiê aliado a extrema direita

Escolha de um nome de centro-direita não agradou os eleitores que apoiaram o atual presidente

Sonia Blota

As capas dos jornais, revistas e sites refletem o clima na França. Há três meses, Emmanuel Macron compôs com a esquerda nas eleições de julho. Ele conseguiu impedir a vitória da extrema direita, mas não conquistou maioria absoluta para governar com tranquilidade. Com o novo cenário, decidiu mudar de lado. 

A escolha de um nome de centro-direita não agradou os eleitores que apoiaram Macron, que prometem agitar as ruas de Paris a partir deste fim de semana na Praça da República.

A porta-voz da União dos Estudantes, Eleonore Schmit, adiantou: “Emmanuel Macron não ouviu o que as ruas lhe disseram nos últimos anos, então também é uma chance de lembrá-lo disso”. 

Sem o apoio da esquerda, Macron precisa dos votos da direita e da extrema direita para aprovar os seus projetos, o que o coloca do mesmo lado da direitista Marine Le Pen, principal oponente do atual presidente. 

"O governo só vai continuar em pé se a extrema direita não votar pra derrubar esse governo. Se a Marie Le pen decidir instaurar uma nova crise, colocar o Macron em maus lençóis, ela pode derrubar esse governo e, quem sabe, colocar a prêmio até a cabeça do presidente”, disse Thomas Zicman, cientista político, ao Jornal da Band 

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