Lula volta a defender a taxação de super-ricos e combate à fome

“Nunca antes o mundo teve tantos milionários. Estamos falando de três mil pessoas”, disse Lula.

Por Sonia Blota

Lula
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na Suíça, Lula voltou a defender a taxação de grandes fortunas como uma das alternativas para diminuir a desigualdade no mundo durante participação na Organização Internacional do Trabalho, a OIT. O presidente está a caminho da cúpula do G7, na Itália.

“Nunca antes o mundo teve tantos milionários. Estamos falando de três mil pessoas”, disse Lula.

Antes do discurso na OIT, Lula se encontrou com a presidente suíça, Viola Amherd, que tentou convencer o presidente a voltar ao país no fim de semana para participar da cúpula pela paz da Ucrânia, mas o presidente negou o convite: disse que só se senta à mesa se a Rússia também participar das conversas.

O presidente também foi perguntado pelos jornalistas sobre o indiciamento do ministro das Comunicações, suspeito de corrupção quando era deputado federal:

"Quando eu voltar do G7 vou descobrir o que aconteceu. Eu digo pra todo mundo, se errou, reconheça. Se não, lute pela inocência”, disse.

Da Suíça, Lula embarcou para a Itália, onde participa como convidado da reunião do G7, grupo que reúne os países mais ricos do mundo. A viagem do presidente acontece num momento de avanço da extrema-direita aqui na Europa.

Parte dos líderes europeus chega ao encontro com o futuro incerto. O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, sofreram grandes derrotas para a direita na eleição do parlamento europeu. Já Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido, corre o risco de não se reeleger nas eleições de julho.

É a anfitriã, a primeira-ministra Giorgia Meloni, da direita italiana, que demonstra força nesse G7. O partido dela venceu com folga na Itália.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chega no G7 com uma missão: aumentar a pressão sobre a Rússia e exigir ajuda dos aliados à Ucrânia./

Biden quer apoio para que o dinheiro russo, bloqueado pelas sanções do ocidente, seja usado para reforçar a Ucrânia. São mais de US$ 300.

Fontes apontam que o grupo está prestes a concordar a entregar parte desse montante: US$ 50 bilhões.

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