O presidente eleito Lula só tem mais cinco dias para escolher quem vai ocupar 16 ministérios que ainda estão indefinidos. As primeiras levas atenderam a demandas internas do PT e de aliados de primeira hora, como o PSB, além de indicações técnicas, como foi o caso da Saúde.
Lula deixou para a etapa final as vagas que serão destinadas a outros partidos, de olho principalmente na futura base de apoio do governo no Congresso. A escolha deve contemplar pelo menos dois ministérios para três siglas: PSD, União Brasil e MDB.
A grande expectativa é com o destino de Simone Tebet. Depois de perder a área social para o petista Wellington Dias e o meio ambiente, que deverá ficar com Marina Silva, Tebet passou o natal em Campo Grande e só estará em Brasília nesta terça-feira (27). Mas o MDB já fez chegar a Lula que a senadora pertence à cota dele. A legenda quer emplacar mais dois nomes: o senador eleito Renan Filho nos Transportes e uma indicação da bancada da Câmara para cidades.
Com relação ao PSD, dois nomes são dados como certos: os senadores Carlos Fávaro, na Agricultura, e Alexandre Silveira, em Minas e Energia. União Brasil deve ter o deputado federal Elmar Nascimento na Integração nacional e mais um outro indicado. Os acertos são feitos pessoalmente por Lula, que voltou a Brasília nesta segunda (26).
Lula teve uma longa reunião com o futuro ministro da fazenda, Fernando Haddad. Entre os temas tratados, a possível indicação de Tebet para planejamento, que tem perfil mais liberal e poderia se chocar com o modelo mais desenvolvimentista de Haddad. Lula sabe disso, quer a senadora na equipe ministerial e está em busca da melhor solução.
O que já é dado como certo é que Randolfe Rodrigues será o líder do governo no Congresso. Jaques Wagner ficaria com liderança no senado e o deputado José Guimarães, na Câmara.