O governo Lula promoveu uma troca inédita de superintendentes das polícias Federal e Rodoviária Federal
Na história, nunca 26 superintendentes regionais dos 27 estados brasileiros e do Distrito Federal haviam sido exonerados de uma só vez. Apenas no Piauí não houve modificação.
A decisão do Planalto e do ministro da Justiça, Flávio Dino, foi remover rapidamente todos os policiais ligados ao governo passado em cargos de comando. A intenção é deixar claro quem manda na corporação e passar um recado: extremismo não será tolerado.
Também houve mudanças na Polícia Federal. Superintendentes regionais em 18 estados foram substituídos após um pente fino feito pelo novo diretor geral da corporação.
Andrei Rodrigues tomou posse no dia 10, e escolheu delegados definidos como "em vias de promoção" dentro da polícia. Na lista, o delegado Leandro Almada, que assumiu a chefia no Rio de Janeiro. Ele investigou a atuação da polícia civil durante as apurações sobre o assassinato de Marielle Franco.
No Ministério da Defesa, mais um dia de exonerações: dois brigadeiros deixaram o estado maior das Forças Armadas. Mais de 50 militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro foram substituídos até agora no gabinete de Segurança Institucional da presidência e no Alvorada.