Lula faz reunião para traçar estratégias e buscar apoios para o 2º turno

A campanha do petista acredita que é hora de ir mais ainda para as ruas, defender o candidato, virar votos e manter o otimismo

Por Caiã Messina

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com os coordenadores de campanha para traçar estratégias e buscar apoios para a disputa do segundo turno da eleição presidencial contra Jair Bolsonaro (PL).

Segundo participantes, a reunião foi para abordar acertos, erros e colocar os pés no chão. O discurso de agora em diante é de que Lula ganhou o primeiro turno, tem mais de 6 milhões de votos de vantagem e parte de uma base consolidada. Ou seja, não há motivos para desmobilização da militância porque a eleição não foi decidida.

A campanha acredita que é hora de ir mais ainda para as ruas, defender o candidato, virar votos e manter o otimismo.

Aliados do ex-presidente afirmaram em conversas reservadas que esperavam mais votos dos eleitores de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas ficaram satisfeitos com o Nordeste. Ficou acertado que, agora, o jogo será travado de olho no eleitorado do Sudeste, inclusive de Minas Gerais, onde Lula foi o mais votado. além, claro, da composição com os presidenciáveis que perderam a disputa.

Petistas já estão em contato com Simone Tebet e com o comando do partido dela, o MDB. A aposta é de apoio duplo à Lula. O Cidadania, que estava com a candidata, também deve ficar com Lula. O PSDB é tido como uma aliança mais difícil, que vai passar pelas negociações em São Paulo. Com Ciro Gomes, o PT se disse de portas abertas ao diálogo, mas a sinalização que já chegou ao QG da campanha é de que ele não vai fechar com ninguém. Mesmo assim o PDT aliado histórico do PT, deve entrar na chapa.

O ex-presidente vai retornar às ruas nesta semana, com dois destaques nos discursos: vai seguir falando em esperança e da "volta aos bons tempos" de quando estava no poder.

Na reunião com a coordenação de campanha ficou acertado que Lula deve ir para o interior de São Paulo, que deu mais votos ao adversário e vai dedicar parte da agenda para convencer os mais de 30 milhões de eleitores que não foram votar. 

O ex-presidente está sendo aconselhado a divulgar uma carta com acenos ao centro, nos moldes da carta ao povo brasileiro, feita em 2002, que facilitou o apoio no primeiro governo. O candidato a vice, Geraldo Alckmin, foi escalado para os primeiros contatos com setores como o agronegócio e o mercado financeiro. Marina Silva, eleita deputada, vai fazer a ponte com os evangélicos.

Mais notícias

Carregar mais