Após uma semana na Europa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço da viagem, que teve os pontos altos, a visita ao papa Francisco no Vaticano, além de reuniões com o presidente da França, Emmanuel Macron, e o da Itália, Sergio Mattarella. Lula também participou da cúpula para financiamento climático para países em desenvolvimento.
Antes de voltar para Brasília, Lula participou de entrevista coletiva em Paris, e preferiu não comentar sobre a rebelião do exército mercenário Wagner, em Moscou, neste sábado (24), que ameaçou o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"Não tenho as informações necessárias para falar. Eu sou contra a guerra. Quero paz, condenamos invasão. Por enquanto, eles não querem sentar para discutir, por achar que podem ganhar", disse Lula.
O presidente também comentou sobre o cancelamento do jantar com o príncipe saudita Mohammed bin Salman, que aconteceria na última sexta-feira (24). Lula disse que o motivo foi o cansaço, mas convidou os sauditas para viagem ao Brasil.
“Eu quero conversar com todas as pessoas que querem fazer investimento no Brasil. Nós temos muito interesse em que a Arábia Saudita faça investimento no Brasil, sobretudo na questão da transição energética”, discursou.
Por fim, o presidente do Brasil não poupou críticas ao protecionismo dos países ricos, e ressaltou que o acordou entre o Mercosul e a União Europeia será importante para o bloco europeu:
"Nós precisamos fazer o acordo com União Europeia e a UE precisa muito de nós. Deixe a arrogância de lado e coloquem bom senso para negociar", disse Lula.
O presidente também mencionou o presidente da França: "Macron tem dificuldade no Congresso. E se pudermos conversar com nossos amigos mais à esquerda, nós vamos fazer", completou.