O presidente eleito Lula se reuniu, nesta terça-feira (29) com integrantes de sua equipe econômica para discutir a PEC da transição, que vai deixar o Bolsa Família fora do teto de gastos.
O principal objetivo da proposta é abrir espaço no orçamento para continuar pagando o Bolsa Família de R$ 600 por mês, além de um acréscimo de R$ 150 por filho de até seis anos.
O projeto estabelece uma licença para gastar R$ 175 bilhões, valor pode chegar a R$ 198 bilhões, a depender da arrecadação. O Bolsa Família ficaria fora do teto de gastos pelos próximos quatro anos.
Com isso, os R$ 106 bilhões que já estão previstos no orçamento para o programa social, podem ser aproveitados de outra maneira. R$ 60 bilhões de reais já tem destino certo, como farmácia popular, ônibus escolares e merenda, combustível de viaturas da PRF e PF, e aumento de salário para servidores.
Lula sabe que dificilmente o texto vai ficar como está. A ideia foi justamente apresentar uma proposta com margem para negociação. A expectativa é que o PT acabe cedendo e aceite que o Bolsa Família fique apenas dois anos fora do teto de gastos.
Outra mudança esperada é no valor. Em vez do total de R$ 198 bilhões, a licença para gastar poderia girar entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões. Ainda há espaço para as negociações. Depois do Senado, a proposta segue para a Câmara, onde as relações do novo governo com o presidente da casa estão melhorando.
Alckmin e Mourão reunidos
Geraldo Alckmin se reuniu com o general Hamilton Mourão para discutir a estrutura da vice-presidência. O encontro aconteceu no gabinete do vice-presidente a portas fechadas.
"Ele veio querer saber quais são as atividades que a vice-presidência está fazendo, estrutura e número de cargos. Ele me telefonou ontem e pediu um café”, disse Mourão.