Depois da derrota em uma votação importante na Câmara, Lula descartou mudanças na equipe que cuida da articulação política.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu entrar em campo para melhorar a articulação política no Congresso. As queixas já foram levadas a Lula pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

O sinal de alerta foi acionado com a derrota nesta semana na Câmara. Os deputados derrubaram trechos dos decretos presidenciais que alteravam o marco do saneamento. Nem partidos com ministros na esplanada votaram com o planalto.

MDB, PSD e União Brasil, cada um com três ministérios, somam 142 deputados. Mas apenas oito ficaram com o governo.

Lula tem pressa. Para vencer a oposição em votações importantes, é preciso ter uma base consolidada. A reforma fiscal, uma das primeiras na fila, encontra resistência.

Em Londres, onde acompanhou a coroação do rei Charles III terceiro, Lula defendeu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mas cobrou que o governo faça a lição de casa.

"O Padilha é o que o país tem de melhor na articulação política. Quando você governa, você faz um acordo com a Câmara ou com o Senado sobre a aprovação de uma medida e você tem que cumprir alguma coisa, você tem que cumprir. Eu digo sempre para os nossos ministros o seguinte: tudo que você trata e não cumpre fica muito mais caro depois”, disse.