O presidente Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A fala é uma reação a manutenção da taxa Selic a 10,50%, anunciada na quarta-feira (19). Para Lula, Campos Neto é um "adversário político, ideológico e adversário do modelo de governança".
"Ele faz questão de dar demonstração de que, olha, ele não tá preocupado com a nossa governança, ele tá preocupado com quem ele se comprometeu", afirmou.
Enquanto isso, ministros estudam medidas para acalmar o mercado, com corte de gastos e pente-fino em programas sociais. Mas, além do governo, setores da economia também não aprovaram a manutenção da taxa. Para a Associação Paulista de Supermercados, os juros altos inibem o consumo das famílias.
Mauro Rochlin, economista, aponta que a queda da taxa de juros teria impacto no crediário. "Principalmente no crédito de maneira geral. Isso faria com que as compras acontecessem de maneira muito maior e, portanto, a própria economia passaria a girar mais rápido, a empregar mais gente, a estar mais aquecida", diz.