O presidente Lula entrou de vez na negociação em busca de votos pela aprovação da MP que reestrutura ministérios e precisa tem que ser aprovada até esta quinta-feira (1º).
Enquanto Lula chamava os ministros da Articulação Política e da Casa Civil para uma reunião de emergência. O presidente da Câmara recebia os líderes partidários: foi um dia de tensão no Planalto e no Congresso.
A preocupação fez o presidente da República retomar algo que era cobrado pela própria base: negociar pessoalmente com os parlamentares.
Lula conversou com Arthur Lira, falou com deputados aliados e avisou: a simples votação da MP, com mudanças em vários ministérios, será "uma vitória"
Na ligação com Lula, o presidente da Câmara deixou claro que há "falta de sintonia do governo com o Congresso" e disse que a articulação política não tem funcionado, que não pode fazer esse papel para o Planalto e que não aceita ser responsabilizado em caso de derrota no plenário.
Lula respondeu que determinou aos ministros atenção total às demandas dos parlamentares.
A medida provisória editada na posse foi modificada na comissão mista do Congresso. As pastas mais afetadas foram do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. No PT, a orientação é votar a proposta como está.
Uma das maiores queixas da base é a demora na liberação de emendas parlamentares.
Se a MP caducar, os atuais 37 ministérios serão reduzidos para os 23 do governo Bolsonaro.
Em meio à correria, os técnicos do Congresso acharam uma brecha para dar mais tempo ao governo. Como a MP perde a validade nesta quinta, avisaram que o planalto tem até meia noite de amanhã para que a proposta passe pela Câmara e pelo Senado. O presidente da casa, Rodrigo Pacheco, prometeu votação rápida para a MP.