Litoral gaúcho está infestado de águas-vivas; casos de queimaduras chegam a 14 mil

Aumento no número de águas-vivas tem a ver, principalmente, com a temperatura do oceano, que também subiu nos últimos tempos

Da redação

Enquanto muitos curtem a água do mar, no Rio Grande do Sul, outros preferem manter distância. Teve gente que arriscou, mas voltou mancando, como foi o caso do menino Arthur Rodrigues, de oito anos, vítima de queimadura de água-viva.

Esta é a temporada das águas-vivas no Sul. Neste verão, são tantos animais, que os bombeiros fincaram bandeiras: “O mar está infestado”.

Desde o início do verão, 14 mil banhistas já foram queimados por águas-vivas no litoral do Rio Grande do Sul. Em média, são mil pessoas por dia. No ano passado, a média diária foi de 750 casos.

O aumento no número desses animais tem a ver, principalmente, com a temperatura do oceano, que também subiu nos últimos tempos.

“Quanto mais quente é a temperatura da água dos oceanos, maior é a chance desses animais estarem liberando águas-vivas mais vezes no seu ciclo. Isso aumenta a população e, como coincide com a chegada dos banhistas, principalmente, a gente tem esse boom reprodutivo”, explicou a professora de biologia marinha Carla Menegola.

Quando a queimadura for mais séria, é recomendado procurar um posto de saúde. Caso não consiga, a orientação é usar vinagre. Cada guarita numa praia visitada pelo Jornal da Band tem um frasco do produto.

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