O combustível para continuar a distribuir ajuda humanitária está chegando ao fim em Gaza. E 19 dias depois do começo da guerra, o drama para quem ainda resiste aos bombardeios só piora.
A ONU diz que praticamente não consegue mais operar na região. Um terço dos hospitais já não funciona mais e a situação tende a se agravar.
Israel não tem cedido ao pedido - inclusive de aliados - para que combustível entre em Gaza. A alegação é que o Hamas poderá desviar o carregamento e usar em ações contra o país.
Essa guerra tem gerado diversas brigas diplomáticas e rachado ainda mais o planeta. Nesta quarta-feira, foi a vez do Catar reforçar o coro de países árabes e de maioria muçulmana: o ocidente está usando dois pesos e duas medidas diante das tragédias humanas. A visão do Oriente Médio é que europeus e americanos estão dando carta branca para Israel matar civis palestinos.
Mais de 2 mil crianças morreram em menos de 20 dias de guerra. Pra efeito de comparação, a ONU afirma que na guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura 20 meses, foram 550.
Até mesmo a Cisjordânia, outro território palestino, já convive com bombardeios. A última noite foi de extrema violência. Seis civis morreram em confronto com as forças israelenses.
Líderes do Hamas, Hezbollah e da Jihad Islâmica se encontraram hoje no Líbano. A discussão: girou em como apoiar os movimentos palestinos na guerra contra Israel.
Hezbollah e Israel também têm intensificado as trocas de mísseis. O exército israelense atingiu ainda pontos de operação das forças armadas da Síria - 8 soldados morreram. E o aeroporto de Aleppo foi bombardeado - é a quarta vez em 2 semanas. A fronteira norte preocupa cada vez mais.