Na Coreia do Sul, a oposição abriu um processo de impeachment contra o presidente, que nesta terça-feira (3) decretou a Lei Marcial, gerando uma onda de protestos no país.
Manifestantes marcharam rumo a residência presidencial pedindo a renúncia de Yook Suk-Yeol. Paralelamente, sindicatos entraram em greve, segundo eles, até que Yook deixe o cargo.
No Congresso, uma união de seis partidos conseguiu aprovar a abertura do processo de impeachment contra o líder sul coreano. Um dos líderes da oposição disse que o presidente não vai se livrar das acusações de traição e que precisa renunciar imediatamente.
No começo do dia, o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, pediu demissão. Ele teria influenciado o presidente a declarar, na noite de terça-feira, a Lei Marcial, uma medida excepcional que pode ser usada em momentos de crise, com o fechamento do Congresso, cerceamento da imprensa e proibição de manifestações.
Às pressas, parlamentares correram para o Congresso no meio da madrugada e conseguiram aprovar uma moção, colocando fim à Lei Marcial. Do lado de fora, manifestantes entraram em confronto com militares.
A última vez que a Lei Marcial foi instituída na Coreia do Sul foi em 1979, quando mais de 200 pessoas foram mortas na repressão de protestos. Depois disso, os militares governaram o país por uma década, até a conquista da democracia.