Neste domingo (13), o Grande Prêmio de São Paulo da Fórmula 1 será realizado no autódromo de Interlagos, e o mais novo cidadão honorário do país, Lewis Hamilton, chamou a atenção por onde passou nesta semana, tanto no Rio de Janeiro quanto na capital paulista e diz que se sentiu representado.
Lewis Hamilton visitou a comunidade da Providência no Rio, ganhou um mural do artista Kobra e encantou a todos ao visitar uma escola pública de São Paulo, que conta com o apoio do Instituto Ayrton Senna, a inspiração do piloto inglês.
“Recebi muita energia positiva. Conheci uma garota de 14 anos que quer ser advogada e ajudar as pessoas, um menino que disse que sofria bullying… me vi representado porque sofri preconceito na escola e disse a ele que poderia ser o que quisesse e ele chorou comigo. Foi lindo”, disse o piloto Lewis Hamilton em entrevista à Band.
Hamilton, que é sete vezes campeão mundial, pressionou a Fórmula 1 a falar de assuntos que antes eram tabus. “Durante muito tempo, as pessoas diziam que não havia espaços para política no esporte, mas não se trata de política e sim sobre direitos humanos para todos. Não tenho visto mudanças nas garagens, vejo melhorar no meu time quando volto para a fábrica, existe muito mais diversidade, mas ainda não é o suficiente”, pontuou.
O maior vencedor da história da F1 diz ainda que sempre foi muito próximo da mãe e das irmãs, e sempre teve muita empatia com as mulheres e reforça que é difícil para elas. “Sei como é importante a participação feminina em ambientes mais masculinos. E isso precisa mudar”.
O garoto que tinha que falar baixo na época de escola e no esporte, atualmente, se faz ouvir pelo mundo. Lewis Hamilton recebeu o título de Sir na Inglaterra e de Cidadão Honorário do Brasil
“Não acredito que nenhuma de nós seja menos ou mais especial que o outro. Tudo é educação e oportunidade”, diz o mais vitorioso piloto de todos os tempos à Band. Porém, a lição não veio da sua primeira temporada sem vitórias, mas de lições aprendidas além da pista. “Sempre soube das favelas, mas nunca tinha tido a gente de entrar de fato em uma. Fiquei muito feliz em ver as crianças”.