Os maiores lagos e reservatórios do Planeta estão secando por causa do aumento da temperatura e do consumo excessivo de água. Um levantamento analisou quase dois mil grandes lagos e reservatórios em todo o mundo entre 1992 e 2020.
Após 28 anos de pesquisa, o resultado mostra que 53% desses espaços de água doce estão secando, ao perder, em média, 22 milhões de toneladas por ano.
O maior declínio no volume das águas foi identificado em partes do continente asiático, Oriente Médio, oeste da Índia, norte e leste da Europa, além de Estados Unidos, e na maior parte da América do Sul.
As perdas foram registradas tanto em lagos tropicais úmidos da Amazônia como em lagos do continente Ártico, o que mostra uma tendência de seca ainda mais abrangente do que se esperava.
Os pesquisadores alertam que diferentemente dos níveis de rios e oceanos, que são sempre monitorados, os lagos, espalhados por todos os lugares, nem sempre recebem a atenção necessária. E explicam os motivos da queda de volume.
Segundo o estudo, o aumento da temperatura, a poluição e o consumo da população no Planeta são os fatores que levaram a redução no volume dos reservatórios, colocando em risco a segurança hídrica e o abastecimento no planeta.
Lagos como o Trinity, na Califórnia, seguem diminuindo sua capacidade. E o pior: sem ação das autoridades, correm o risco de secar.
Seu conjunto de dados combinou imagens do Landsat, o programa de observação da Terra mais antigo, com a altura da superfície da água adquirida por altímetros de satélite, para determinar como o volume dos lagos variou ao longo de quase 30 anos.