Leite pede valor emergencial ao governo federal para ajudar a pagar servidores

Governador do Rio Grande do Sul esteve em Brasília, nesta quarta-feira (5), onde se reuniu com Lula e os presidentes da Câmara e Senado

Da redação

O governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou ao governo federal uma conta que não fecha, em que mais de 90% das empresas e contribuintes do Rio Grande do Sul foram afetados diretamente pelas enchentes. Ao mesmo tempo, as despesas subiram, diante da necessidade de limpeza, reconstrução e pagamento de auxílios. O resultado é uma perda de arrecadação estimada em R$ 22 bilhões este ano.

O político gaúcho pediu ao Palácio do Planalto pelo menos R$ 10 bilhões, de maneira emergencial. O dinheiro seria usado para pagar salários dos servidores do estado e continuar o trabalho de atendimento à população. Outra preocupação é a possibilidade de aumento do desemprego no Rio Grande do Sul.

Como a perda foi total em muitas empresas, Eduardo Leite teme que haja o fechamento em massa de postos de trabalho. O governador defendeu a implantação de medidas da época da pandemia, começando por um programa de manutenção do emprego e da renda, direcionado ao setor produtivo.

“Elas vão levar tempo para poderem reestabelecer o seu parque fabril o seu maquinário, as suas estruturas. Nesse período, elas estarão sem receita. E os empregos a que elas são vinculadas? Como ficam?”, pontuou Leite.

No encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros governadores, Leite também pediu a criação de um auxílio emergencial para os trabalhadores, a suspensão temporária dos contratos de trabalho para permitir adaptações e a redução proporcional da jornada e dos salários. A tendência é que o petista aceite as propostas.

Leite também se reuniu com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e participou de um evento relacionado ao Dia Mundial do Meio Ambiente, a convite da ministra Marina Silva.

Na próxima quinta-feira (5), Lula embarca para a quarta viagem ao Rio Grande do Sul, desde as enchentes. Leite pegará uma carona no avião presidencial e terá uma reunião privada com o presidente durante a viagem.

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