Os laboratórios Moderna e Merck anunciaram os resultados da segunda e penúltima fase dos testes clínicos da vacina contra o melanoma, o mais letal tipo de câncer de pele. Segundo os laboratórios, os pacientes que receberam a dose tiveram redução da recorrência do tumor ou de morte pela doença em 44%. 

Segundo a diretora-médica da MSD Brasil, Marcia Abadi, a vacina irá auxiliar no tratamento de quem teve a doença. Ela explica que o medicamento irá atuar em conjunto com tratamentos conhecidos, como imunoterapia. 

“Você tem que ter tido o câncer e com as altas chances de voltar, a vacina irá ajudar, junto com a imunoterapia a fazer com que ele não volte”, explica. 

Os laboratórios utilizam a tecnologia de RNA mensageiro, a mesma aplicada com sucesso para desenvolver a vacina contra a Covid-19. As pesquisas para a vacina começaram em 2016, com resultados da fase dois em mãos, os laboratórios pedirão autorização para iniciar a última fase de estudos clínicos no início de 2023.

Outro diferencial é a personificação, uma vez que o avanço do tumor varia a cada paciente. “A vacina será feita em cima de 34 mutações da pessoa e ela fará efeito apenas nesta pessoa”, informa. 

No Brasil, aproximadamente 8 mil e 400 casos de melanoma são diagnosticados por ano. A doença incide mais em pessoas com a pele clara. Apesar do avanço da ciência, a médica ressalta que prevenir ainda é a melhor maneira de evitar o câncer. “Uso de filtro solar, é preciso evitar exposição ao sol por longas horas e ter conscientização da importância de ver o próprio corpo para se precaver" explica. 

Assista na íntegra a edição desta quarta-feira (14) do Jornal da Band: