Mais de 160 milhões de americanos se registraram para votar nesta eleição que promete ser uma das mais acirradas da história dos Estados Unidos. Em Dixville Not, um vilarejo no estado de New Hampshire, que tradicionalmente começa a eleição à meia noite, Kamala Harris e Donald Trump empataram no número de votos.
Para votar nos EUA, o eleitor precisa se organizar, afinal, é um dia normal de trabalho. Mesmo assim, em Washington, muita gente saiu de casa cedo para votar. A reportagem da Band esteve em um local de votação no estado e registrou eleitores esperando a mais de uma hora.
Apuração dos votos
Em 2012, Obama soube que estava reeleito antes da meia noite. Em 2016, quando Trump venceu pela primeira vez, o resultado saiu na madrugada seguinte a votação. Já quando tentou a reeleição, demorou mais. A derrota para Joe Biden só foi confirmada quatro dias depois.
Em 2000, quando George Bush venceu, a disputa foi parar nos tribunais e o resultado saiu um mês depois.
Como funciona a engrenagem de votação nos EUA?
A equipe da Band visitou um quartel do Corpo de Bombeiros de Miami Beach, que funciona um dos milhares de seções eleitorais da Flórida.
Quando o eleitor chega por lá, precisa apresentar o documento de identidade e, em seguida, pega a cédula de votação. Na cabine, ele escolhe o candidato e vai até a urna depositar o voto.
Cada cédula tem um tipo de procedimento: as que foram usadas, as que não foram usadas, aquelas que o eleitor cometeu algum tipo de erro e tem que ser descartadas, cada uma delas tem um destino específico.
E tanto as urnas, quanto as cédulas, chegam lacradas, e os lacres com número de série são conferidos em todas as pontas, quando chegam e quando saem. Tudo é muito organizado, verificado por várias pessoas que trabalham nessas seções, tudo para garantir a segurança dessas eleições.
Donald Trump votou nesta terça-feira (5), na Flórida, e disse que está confiante na vitória. Ele prometeu ser o primeiro a reconhecer o resultado em caso de derrota, mas acrescentou: “só se for uma eleição justa”.
Em Dixville Not, um vilarejo no estado de New Hampshire, que tradicionalmente começa a eleição à meia noite, deu empate. Três votos para cada candidato. Por lá, de dez moradores, seis eram eleitores e os votos foram divididos: três votos para Trump e três para Kamala.
Mas os olhos do país estão voltados para a Pensilvânia, o mais decisivo entre os estados pêndulos. Quem ganhar por lá, conquista 19 delegados. Dez dos últimos 12 presidentes eleitos venceram no estado.