A Justiça Federal de Minas Gerais determinou, nesta sexta-feira (26), a quebra do sigilo de dados dos empresários do setor de transportes suspeitos de serem os responsáveis pelo esquema de vacinação ilegal contra a Covid-19 em Belo Horizonte. As informações são de Thayane Ribeiro, da BandNews FM.
Com a decisão, a Polícia Federal poderá acessar os celulares, tablets e notebooks apreendidos durante as investigações, além de dados online armazenados em nuvens.
Na Operação Camarote, realizada nesta sexta, a PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas que teriam envolvimento com a vacinação clandestina, realizada na última terça-feira (23). A garagem onde funcionou o posto de vacinação improvisado foi um dos alvos da Polícia Federal. Materiais e imagens das câmeras de segurança foram recolhidos. Os agentes investigam políticos e empresários do ramo de transportes que teriam importado vacinas da Pfizer e tomado a primeira dose escondidos. A ação foi filmada e denunciada por vizinhos.
Durante a operação, a polícia apreendeu uma lista com 57 nomes. Essas seriam as pessoas que supostamente foram vacinadas.
O Ministério Público já pediu à Justiça que possíveis vacinas encontradas sejam entregues ao Ministério da Saúde.
Se as denúncias forem confirmadas, os envolvidos poderão responder por contrabando, crime contra a ordem tributária, e importação de medicamento farmacêutico sem registro. As penas variam de 1 a 15 anos de prisão e multa.