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Justiça cria campanha de coleta de DNA para encontrar pessoas desaparecidas no Brasil

Para recolher o material, é preciso ter o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento

Ramon Ferraz

O filho de Laidson é uma das 80 mil pessoas que desapareceram no Brasil apenas em 2023, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Caio Vinícius saiu de casa, em Salvador, para consertar um celular. Desde então a família não teve mais notícia dele. 

“Eu não durmo uma hora de relógio por noite. Eu ando em buraco aqui de Salvador atrás de meu filho”, disse Laidson, pai de Caio.

Hoje, o DNA de Laidson foi coletado pelo IML para ajudar na busca. O método é comum, mas o Ministério da Justiça e da Segurança Pública lançou uma campanha para intensificar a ação. 

O DNA é comparado com as amostrar de corpos ou ossadas, mas também com material genético de pessoas vivas. 

“Tem pessoas que nunca tiveram identidade, então a gente tem coleta de pessoa, por exemplo, acamada em hospital”, disse Luís Rogério Machado, perito criminal.

A molécula é cruzada com materiais genéticos catalogados em todo o país. Assim, mesmo que a coleta seja feita em outro estado, o sistema consegue fazer a comparação. São mais de 200 pontos de coleta de DNA em IMLs de todo o país. Para recolher o material, é preciso ter o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. 

A ação aumenta a esperança de Lília. O filho Davi Lima da Silva desapareceu há mais de três anos, em Itiúba, interior de Bahia. 

“É uma dor diária, é um luto diário, a justiça é muito lenta nesses casos e não vou desistir enquanto não encontrar meu filho”, disse. 

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