A taxa média de juros segue nas alturas, mesmo com a lei que limita o crescimento da dívida a até 100% do valor original. Atualmente, ela está a 15% ao mês, o equivalente de 432% ao ano. Mas a razão para os juros seguirem altos é apenas pelo mês em que a fatura está atrasada.
Segundo o Banco Central, a nova regra vale apenas para quem atrasou a fatura a partir de janeiro de 2024. Dívidas anteriores seguem crescendo além do dobro do valor original. A taxa média do rotativo está em 39% ao ano considerando apenas 2024.
Ainda assim, este é um juro alto cobrado sempre no primeiro mês de atraso, antes que o consumidor parcele o débito. Uma pesquisa mostrou que os juros elevados são a segunda maior causa para os brasileiros não pagarem as contas, ficando atrás somente do desemprego. Para o economista Carlos Eduardo, uma saída para quem sofre com dívidas antigas é procurar a renegociação.
"Se está em endividado num setor, num tipo que é muito caro, como rotativo, como cheque especial, etc, transformar isso num empréstimo ao consumidor, quer dizer, num empréstimo direto", indica.