O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (11) que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - dado oficial referente a inflação - registrou uma deflação de 0,08% no mês de junho. Trata-se da menor variação para o mês desde 2017. A jornalista Juliana Rosa explicou no Jornal da Band quais foram os destaques que influenciaram no IPCA.
"Há quase um ano que a gente não falava em deflação no Brasil. O índice oficial de inflação, o IPCA, caiu 0,08%. Nos últimos 12 meses, olha o tamanho da queda: saiu de quase 12% no meio do ano passado para um pouco mais de 3%. O que está ajudando: os preços de vários alimentos estão em queda, destaque para o óleo de soja, as carnes, frutas e leite. Isso porque a safra agrícola é recorde esse ano, tem maior oferta de alimentos, os preços internacionais estão em queda e também os combustíveis. E aquele programa do governo que reduziu os preços dos carros também ajudou na deflação", disse Juliana.
A jornalista disse também que a queda da taxa básica de juros já é certa no mês que vem. O que está em debate é, no entanto, o tamanho desse corte que o Copom fará.
“A queda de juros no mês que vem já é dada como certa. A dúvida agora é se o corte vai começar devagar ou mais rápido. Esse número de hoje reforçou a expectativa por um corte mais devagar, de 0,25 ponto percentual. E por que talvez não corte mais? Porque os preços de serviços estão caindo bem devagar. Serviços demoram mais a cair mesmo. Produto é mais rápido, você tem muitas opções de lojas para comprar uma blusa, por exemplo, em lojas físicas e pela internet em outro país, na China. Já cortar cabelo você não pode cortar na China, então não tem tanta concorrência. Mas até a inflação de serviços está diminuindo e fica clara a redução na capacidade de consumo dos brasileiros, esperando com urgência um corte de juros”, disse a jornalista.