O Banco Central divulgou, nesta terça-feira (8), a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que definiu a queda de 0,50% na taxa Selic.
Na avalição da comentarista de economista do Jornal da Band, Juliana Rosa, o BC tentou segurar a euforia e indicou como deve ser o ritmo de queda na taxa de juros daqui para frente.
“O Banco Central tentou hoje segurar a euforia. Divulgou um documento que é a ata da reunião na semana passada, ata como aquelas de reunião de condomínio, que se escreve ali tudo que foi discutido. Esse documento era muito esperado hoje porque foi a primeira reunião com dois diretores indicados pelo governo Lula. Já tinha expectativa de que os próximos cortes poderiam ser maiores”, disse.
Para Juliana Rosa, o documento também deixa claro que, apesar de pressões políticas, o Copom tomará decisões técnicas para definir novas quedas na taxa Selic.
“O Banco Central hoje avisou, vamos com calma: o plano é fazer mais três cortes de juros este ano do mesmo tamanho, e com isso os juros do país terminariam em 11,75%. É esse ritmo de corte, segundo o Banco Central, que vai ajudar ao mesmo tempo reduzir o custo do crédito, ajudar a pagar dívidas e sem comprometer a queda da inflação. Para acelerar os cortes, diz o banco central, teria que haver uma mudança substancial nos próximos meses. O Banco Central quis hoje deixar claro o seguinte: apesar das pressões políticas para reduzir juros, eles vão tomar decisões técnicas. O Banco Central escreve: independentemente de quem estiver ali, é necessário garantir a credibilidade e a reputação”, explicou.