Jovens presos injustamente voltam para casa após Band revelar inocência deles

Rafaela e Gabriel passeavam com um cachorrinho quando bandidos abandonaram um carro roubado perto deles, o que fez policiais incriminarem os jovens

Da redação

Já estão em casa os dois jovens que foram presos injustamente, depois de erros grosseiros na investigação de um roubo de carro. A reportagem do Jornal da Band entrevistou a Rafaela Pereira e o Gabriel da Cruz, ambos ainda abalados depois de enfrentarem a cadeia por um crime que não cometeram.

Rafaela e Gabriel passeavam com um cachorrinho quando os bandidos abandonaram um carro roubado perto de onde estavam. Os dois acabaram presos acusados do roubo.

Como pode eu sair para passear com meu cachorro e acordar no outro dia presa? (Rafaela Pereira)

Os dois amigos foram soltos na última sexta-feira (15), à noite, depois que o Jornal da Band mostrou provas da inocência deles. Nossa equipe teve acesso a imagens de câmeras de vigilância do momento do crime, com os verdadeiros ladrões.

Na rua onde aconteceu a prisão, Rafaela e Gabriel contaram ao repórter Filipe Peixoto como foram abordados. Depois que os bandidos abandonaram o carro, os jovens se esconderam atrás de um caminhão.

A Rafa me puxou assustada e pegou o Rex no colo, e o policial já saiu com a arma apontando para mim. Eu falei que não era eu (Gabriel da Cruz)

Segundo o inquérito, os policiais militares Iam Lopes de Lima e Mário César de Moura Belchior disseram que dois indivíduos desceram do carro e agiram dissimuladamente para tentar se esconder atrás de um caminhão.

A história contada pelos policiais e o reconhecimento feito pelo motorista do carro roubado foi fundamental para a Justiça decretar a prisão. O delegado, inclusive, disse que a vítima reconheceu os jovens “de maneira convicta”.

Mas não foi isso que a esposa do motorista disse à Band por telefone.

Ele viu muito de relance o rapaz que estava com a arma (esposa)

A reportagem insiste em perguntar se o reconhecimento foi com convicção mesmo.

Do menino, sim, porque as características dele eram as mesmas (esposa)

Sobre o reconhecimento da menina, a esposa disse que o motorista não a reconheceu.

A menina, não. A menina, não (esposa)

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) não respondeu às perguntas enviadas pela reportagem.

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