A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) compareceu na tarde desta segunda-feira (26) ao Instituto Médico Legal de Brasília para realizar exame de corpo de delito. Também foram colhidas amostras das unhas da parlamentar. Ela foi ouvida pela Polícia Civil por quase duas horas em seu primeiro depoimento ao órgão sobre o suposto atentado que teria sofrido em seu apartamento funcional.
Como o incidente ocorreu há oito dias, Joice afirmou que iria apresentar laudos médicos e fotos dos hematomas para ajudar nas investigações sobre o que aconteceu em seu apartamento. Ela ainda solicitou que seu carro passasse por uma perícia, após rumores na internet de que ela teria sofrido um acidente de carro, além de entregar um “objeto suspeito” que foi encontrado em sua casa à polícia.
A deputada ainda registrou boletim de ocorrência contra o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que insinuou em uma transmissão pela internet que as agressões aconteceram após suposto uso de drogas ou por traição ao marido. Ela também vai apresentar queixa-crime contra general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, por espalhar notícias falsas sobre o caso.
“Não posso deixar de desconfiar que o Planalto me tem como inimiga possa fazer uma manipulação das coisas, me desculpa. Se o Ministério Público entender que a PF tem que ser chamada vai acionar, está na mão do Ministério Público. Eu trouxe todas as cópias aqui”, disse Joice na saída do depoimento.
Hasselmann suspeita de duas pessoas. Uma delas seria um parlamentar que mora no mesmo local.
A Polícia Legislativa ainda tenta analisar câmeras de segurança do prédio onde a deputada fica em Brasília.
A parlamentar sofreu cinco fraturas no rosto (sendo duas na região do nariz, duas no seio da face e uma no maxilar), uma na coluna e traumas no ombro, no joelho e na costela. Ela disse que acordou no chão do apartamento, toda ensanguentada, no último dia 18 de julho. No local havia relógios, brincos, anéis e outras joias, mas nada foi roubado. Ela diz desconfiar ter sido vítima de um atentado e que não se recorda do que aconteceu no dia.
Por achar inicialmente que havia sofrido um acidente, ela só procurou um hospital dois dias depois do fato.