O presidente da Argentina, Javier Milei , anunciou um novo plano para tentar reativar a economia do país, que sofre com inflação alta e pobreza crescente.
Ao todo são 10 novas metas econômicas e sociais que o governo chamou de Pacto de Maio. Entre elas o equilíbrio das contas públicas, corte de gastos e duas reformas estruturais: a trabalhista e a da previdência.
O pacote teve apoio de 18 dos 23 governadores das províncias argentinas - um movimento importante, já que o partido do presidente não conta com maioria no Congresso e não elegeu nenhum representante estadual.
No discurso, Javier Milei afirmou que são medidas duras, mas necessárias. "É o ponta pé inicial para uma nova ordem para o nosso país. Construir um país pujante vai levar tempo e esforço por parte de toda a sociedade. Chegaremos lá mais cedo ou mais tarde".
O Pacto de Maio recebe esse nome em referência à Revolução de Maio. Nesta terça, a Argentina comemora a independência do país do domínio espanhol, em 1816. Hoje, em Buenos Aires, Milei desfilou em cima de um tanque do exército.
O pacto de Maio se soma a Lei de Bases, aprovada no mês passado no Congresso argentino, que prevê privatizações de empresas públicas e autoriza o Executivo a tomar decisões no campo econômico sem aval do parlamento.
Medidas que tentam aliviar as dúvidas do mercado sobre a capacidade do presidente argentino de enfrentar a pior crise econômica do país em décadas, que empurrou metade da população para a pobreza e fez a inflação disparar para quase 300%.
A crise é tamanha que uma tradição argentina tem virado um luxo: a carne bovina. O consumo em 2024 é o mais baixo do último século.