Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal contra um grupo suspeito de cometer estelionatos, falsificação de documentos, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, laranjas eram usadas para criar empresas e aplicar golpes financeiros.
O instrutor de tiros Maciel Carvalho, também amigo de Jair Renan e suposto chefe da quadrilha, foi preso na operação. Mandados autorizaram buscas e apreensões nos endereços ligados ao filho do ex-presidente, em Brasília e Balneário Camboriú (SC). Anotações, um celular e um HD de computador foram levados pelos agentes.
“Essa investigação vem sendo levada a sete meses pela Polícia Civil. É decorrência de outras investigações já deflagradas, tanto por nossa unidade quanto por outra unidade da Polícia Civil, no mês de janeiro deste ano”, disse o diretor do Departamento de Combate à Corrupção do DF, Leandro Cardoso.
Em defesa do irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL) questionou o sentido da investigação, já que, segundo o parlamentar, Jair Renan “não tem onde cair morto”.
É uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz sentido (Flávio Bolsonaro)
Amigo de Jair Renan
De acordo com a polícia, Maciel seria o mentor do esquema investigado, além de velho conhecido das autoridades. O amigo de Jair Renan já foi alvo de duas operações e preso em janeiro.
“Delegado ainda não falou como foi a operação. Eu vou pedir vista aos altos para ter acesso a toda essa denúncia”, disse o advogado de defesa Samuel Magalhães.
Aliados de Bolsonaro
Parlamentares próximos a Bolsonaro afirmam que a operação foi uma surpresa para o ex-presidente, que justificou a iniciativa como “mais um capítulo da perseguição política”.
A Polícia Federal (PF) pediu e receberá as informações coletadas na operação desta quinta-feira (24). Acontece que os agentes federais investigam o filho do ex-presidente por possível tráfico de influência durante o governo do pai.