Jair Bolsonaro faz novas ameaças e volta a falar em ruptura

Bolsonaro fez discurso neste sábado (28) em evento com lideranças evangélicas em Goiânia

Caiã Messina, do Jornal da Band

Em evento com lideranças evangélicas em Goiânia neste sábado (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez novas ameaças e voltou a falar em ruptura.

“Temos um presidente que não deseja nem provoca ruptura, mas tudo tem um limite na nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso”. afirmou

Além disso, ele disse que tem três alternativas para o futuro: estar preso, estar morto ou a vitória. "Eu tenho três alternativas para o meu futuro: estar preso, estar morto ou a vitória. Pode ter certeza que a primeira alternativa não existe. Estou fazendo a coisa certa e não devo nada a ninguém. Sempre onde o povo esteve, eu estive", exclamou.

As declarações vêm na esteira da crise entre Bolsonaro, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, e Alexandre de Moraes, ministro do STF. 

Eles têm tomado decisões como a prisão de aliados, como a do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), e a retirada de dinheiro de sites governistas que espalham fake news.

Mesmo reconhecendo que as falas de Bolsonaro passam dos limites mais primários da política profissional e do bom senso, emissários do Planalto ao Supremo pediram paciência. Eles dizem que as declarações do presidente tendem a ser menos polêmicas depois dos atos de 7 de setembro.

Os ministros estão demonstrando cada vez mais irritação. Luiz Fux, do STF, não negou nem confirmou se vai aceitar se reunir com o presidente pra diminuir a crise. A conversa do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, com governadores está marcada para a semana que vem, no entanto.

Já o presidente da Comissão de Justiça do Senado, Davi Alcolumbre, prometeu anunciar na semana que vem a data da sabatina de André Mendonça ao Supremo, o que foi encarado no governo como um gesto de boa vontade do Legislativo. 

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