O embaixador brasileiro na Palestina criticou o critério usado para escolha dos estrangeiros liberados para saírem da Faixa de Gaza. Na região, mais um dia de expectativas frustradas para o governo brasileiro, pois o Brasil ficou fora da segunda lista do grupo de 14 países autorizados por Israel a deixarem a área de conflito.
“É fundamental que a gente faça distinção entre política e agenda humanitária. A saída de estrangeiros de uma zona de conflito é uma agenda humanitária. Não deve ser misturada, não deve ser confundida, não deve ser contaminada com nenhuma agenda política”, disparou Alessandro Candeas, embaixador do Brasil na Palestina.
O Itamaraty tem criticado o critério adotado por autoridades israelenses para a saída de cidadãos da zona de conflito. A avaliação é que Tel Aviv tem priorizado países com os quais ainda não tem relação estreita.
Diplomatas citam a liberação de cidadãos do Chade, na África Central, e do Sri Lanka, na Ásia como exemplos.
“A água quase acabou já no país. Se não morrermos por causa de bombardeio, vamos morrer por causa de fome”, disse um palestino ao relatar a situação complicada na região.
O governo brasileiro segue em contato com Israel. A expectativa é que os brasileiros possam deixar a Faixa De Gaza nesta sexta-feira (3).