A quarta-feira (18) foi dia de mais bombardeios em Gaza - tanto no sul, quanto no norte. Mesquitas e escolas foram destruídas. Em 12 dias de guerra, mais de oito mil residências foram ao chão. Corpos não param de ser encontrados em meio aos escombros.
Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária pela fronteira do Egito, em Rafah, e prometeu criar uma zona protegida, dentro de Gaza. Será em Al Mawasi que os alimentos, águas e remédios devem ser distribuídos.
Ainda não se sabe quando. Por isso, milhares de palestinos continuam se refugiando próximos a hospitais. Mesmo com o ataque de ontem, ainda é o lugar considerado mais seguro para as famílias poderem ter uma chance de chegar ao fim desses conflitos vivos.
Troca de acusações
As trocas de acusações continuam entre Israel e Hamas pela autoria do atentado a um hospital que deixou mais de 500 mortos nesta terça-feira (17)
Israel divulgou um áudio alegando ser uma interceptação telefônica entre dois soldados do Hamas.
Eles teriam assumido que a causa da explosão foi um míssil lançado a partir da Faixa de Gaza.
O governo de Tel Avi divulgou ainda imagens de satélite e de diversas câmeras para embasar a alegação de que o israelense não tem nenhuma responsabilidade. Dizem ainda que se fosse um míssil de Israel haveria uma enorme cratera no local e garantem que o responsável é o grupo Jihad Islâmica - que também atua na Faixa de Gaza.
Mas essa é uma versão que não foi comprovada por países árabes e de maioria muçulmana, que apontam o dedo para o governo israelense.
Parte da população dessas regiões também parece já ter tirado suas próprias conclusões. Os diversos protestos - alguns violentos - condenam Israel e seus aliados, como americanos e britânicos. Na Cisjordânia, palestinos estão na rua desde ontem à noite. Hoje montaram barricadas para enfrentar a polícia israelense.
Tanto o Hamas como a Jihad Islâmica negam o bombardeio e afirmam que os israelenses são os responsáveis.