Mais de 80 mortes foram registradas nas últimas 24 horas. Elas se somam às 30 mil contabilizadas desde o início da guerra - a grande maioria, crianças e mulheres.
Não há mais espaço em cemitérios. Os corpos vão para valas comuns, em sepultamentos em massa.
Rafah é a única cidade da Faixa de Gaza que as tropas israelenses ainda não invadiram. A esperança de que seja poupada era um acordo de cessar-fogo que parece cada vez mais distante. A delegação do Hamas deixou Cairo, no Egito, sem nenhum acordo. O grupo terrorista alega que Israel bloqueia qualquer negociação, mas que está disposto a seguir as conversas.
Mas nesta quinta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou a trégua e disse que a pressão e a ofensiva em Gaza vão continuar, incluindo em Rafah.
O prazo final para começar a invasão pode ser o começo do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, neste domingo.
Para uma multidão de palestinos famintos, os pacotes que chegam pelo ar têm sido a principal fonte de alimentos. Mas ainda é muito pouco.
Tanto na fronteira com Israel, quanto no Egito, filas de caminhões e ajuda humanitária seguem restritas. O Itamaraty confirmou que o governo israelense tem bloqueado carregamentos do Brasil. Mas diz que se trata de burocracia, e não de retaliação por parte de Israel.
Nesta quinta-feira (7), o governo americano anunciou um novo plano para acelerar a chegada de ajuda em Gaza. A construção de um porto, para a entrega de carregamentos pelo mar. As cargas chegariam a partir do Chipre. Ainda falta definir quando as obras começariam e quanto tempo levaria até o porto ficar pronto.