Dias após as explosões dos pagers e walkie-talkies, Israel e Hezbollah trocam uma sequência de ataques. O sul do Líbano e o norte de Israel enfrentam os maiores momentos de tensão da última década. 

Enquanto o Hezbollah tenta atingir comunidades israelenses no norte, os ataques muitas vezes são em vão, já que param no Domo de Ferro, o escudo de defesa israelense. Já Israel, com maior poderio militar, causa mais estragos. 

Nesta sexta-feira (20), Israel fez o maior ataque contra o Líbano desde outubro do ano passado. Caças F-35 lançaram mísseis contra o subúrbio da capital Beirute. Ao menos 14 pessoas morreram, dezenas de pessoas ficaram feridas, carros e prédios foram destruídos. 

O alvo do ataque era Ibrahin Aqil, comandante da força AL-RADWAN, a unidade de elite do Hezbollah. Além dele, outros dez comandantes do grupo xiita morreram. Aqil era considerado um terrorista global. O Departamento de Segurança dos Estados Unidos oferecia uma recompensa de US$ 7 milhões por informações que levassem a ele.

Aqil era considerado um terrorista global. O Departamento de Segurança dos Estados Unidos oferecia uma recompensa de sete milhões de dólares por informações que levassem a ele. Devido à ligação de Aquil com dois ataques terroristas em 1983: um contra fuzileiros navais e outro contra a embaixada americana em Beirute. Os dois episódios somam mais de 300 mortes.

E tem um detalhe: Aqil foi um dos milhares de feridos nas explosões dos pagers do Hezbollah na última terça. Chegou a ir para o hospital, tinha sido liberado hoje e morreu em mais um ataque israelense. O porta-voz do exército israelense foi aos microfones confirmar a missão. E disse que Aqil liderava um plano de invadir o território israelense, assassinar moradores e assumir o controle de comunidades israelenses na Galiléia.

A morte de Aqil adiciona mais uma camada de tensão no Oriente Médio. É um clima de incerteza sobre quais serão os próximos movimentos e respostas de ambos os lados. Após falar em uma nova fase da guerra, Israel disse nesta sexta que não quer uma escalada ampla do conflito com o Líbano.

Enquanto isso, mais ao sul de Israel dois cenários chamam atenção: essa imagem de soldados israelenses jogando três palestinos de cima de um prédio, na Cisjordânia. Não fica claro se estão vivos ou mortos. Desde o fim de agosto, Israel vem conduzindo ataques de larga escalada contra cidades palestinas.