Israel bombardeia Gaza em retaliação ao Hamas

Palestinos afirmam que 20 pessoas morreram, incluindo nove crianças

Da Redação, com Jornal da Band

O som das sirenes ecoou em várias cidades de Israel. O alerta para buscar abrigo veio depois que foguetes lançados da Faixa de Gaza caíram perto de Jerusalém, o que é raro. Os projéteis costumam ser interceptados pelo poderoso escudo antiaéreo israelense.

O parlamento precisou ser esvaziado às pressas, e políticos buscaram refúgio.

A retaliação não demorou. Israel bombardeou alvos do movimento radial islâmico Hamas, em Gaza. De acordo com os palestinos, 20 pessoas morreram, incluindo nove crianças.

No local onde tudo começou, a Esplanada das Mesquitas, um incêndio foi registrado. Reunidos em frente ao Muro das Lamentações, nacionalistas judeus celebraram e dançaram.

Mais cedo, a polícia israelense invadiu a esplanada para dispersar manifestantes armados com pedras e coquetéis Molotov. Houve confrontos, e mais de 300 palestinos ficaram feridos.

No calendário hebreu, no 10 de maio é celebrado o Dia de Jerusalém, que marca a conquista da parte oriental da cidade israelense durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

A marcha dos judeus por bairros árabes é vista como uma provocação pelos palestinos. A tensão já estava alta por causa da ameaça de despejo de quatro famílias palestinas em Jerusalém oriental.

Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU aconteceu nesta segunda-feira (10) a portas fechadas. Um comunicado oficial não foi divulgado porque os Estados Unidos, que são aliados de Israel, pediram mais tempo para avaliar a situação. A comunidade internacional fez um apelo para que os dois lados interrompam a escalada da violência.

“A esperança é finalizar esta parte de violência o mais rápido que pudermos”, afirmou Alon Lavi, cônsul de Israel em São Paulo.

“Até o primeiro-ministro (Benjamin Netanyahu) pediu para adiar o processo jurídico que começou tudo isso, o processo jurídico sobre algumas casas em Jerusalém, e também pediu calma a toda a reação do exército. É uma situação bem complicada, infelizmente.”

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