A morte do líder do Hamas, Yashia Sinwar, foi confirmada pelo grupo apenas nesta sexta-feira (18). O nome do novo comandante deve ser anunciado em breve, mas o mais cotado é o irmão mais novo de Sinwar, Muhammed, de 49 anos.
O vice-chefe, Khalil al-Hayya, disse que a morte de Sinwar fortalece o grupo. Ele garantiu que os reféns só serão libertados se Israel cessar os ataques e retirar suas tropas de Gaza. Segundo al-Hayya, 101 pessoas seguem sob poder do Hamas.
O exército de Israel divulgou novas imagens da operação que resultou na morte de Yahya Sinwar. Em um vídeo, é possível ver o momento em que um tanque israelense dispara contra o prédio em que ele estava escondido, em Rafah, no sul de Gaza. Até esse momento eles sabiam da presença de militantes do Hamas no prédio — não que o líder do grupo estava lá.
Antes, um drone captou as imagens de um homem ferido, sentado no fundo da sala em meio às ruínas, morto com um tiro na cabeça. Só depois da necrópsia veio a certeza: eram as últimas imagens de Yashia Sinwar.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a eliminação do líder do Hamas não encerra a guerra. E insistiu que a prioridade é a libertação dos reféns. Desde a fundação, no final dos anos 80, o Hamas já perdeu cinco líderes.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está na Europa para discutir a crise no Oriente Médio com líderes europeus. As prioridades são claras: pressionar por um cessar-fogo e buscar soluções para a grave crise humanitária na região.
Yahya Sinwar, líder do Hamas
REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa/File Photo