Jornal da Band

Inteligência Artificial ajudou PF a identificar envolvidos no 8 de janeiro

Trabalho do Instituto Nacional de Criminalística foi a maior identificação coletiva já realizada pela Polícia Federal

Carolina Vilella

Inteligência Artificial ajudou PF a identificar envolvidos no 8 de janeiro
Marcelo Camargo/ABr

O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que fez a identificação dos envolvidos nos atos criminosos de oito de janeiro, fez uma investigação minuciosa. Para o órgão, esta foi a maior identificação coletiva já realizada pela PF, utilizando tecnologia e ferramentas de ponta para encontrar os vândalos que depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes em Brasília, em oito de janeiro de 2023. 

Com inteligência artificial, os peritos remontaram as cenas, sincronizaram quadros das imagens de 200 câmeras de segurança da Praça dos Três Poderes com vídeos de celulares e fotos tiradas pelos 1.398 detidos, em seis ângulos diferentes. 

Pelo menos 2,5 milhões de imagens de rostos foram processadas para a análise de peritos, que ainda fazem os exames de comparação. "É um trabalho que ainda está em andamento, a gente ainda tem muitas comparações a serem feitas e sem dúvida é o maior trabalho que a gente teve desse tipo", explica Paulo Max, perito criminal. 

As mais de 1300 horas de imagens gravadas entre 12h e 19h do oito de janeiro estão sendo analisadas. Os peritos confirmaram também características dos acusados, como tom de pele, cabelo e orelhas, além de confrontar as imagens com um programa desenvolvido pela Polícia Federal, que ajudou a traçar a linha do tempo e dinâmica dos ataques. 

“A gente consegue montar essa dinâmica quase como se fosse uma sequência temporal, uma telenovela, como se a gente tivesse todos os movimentos das pessoas e dessa multidão naqueles lugares”, diz Paulo Max. Os especialistas também usaram uma análise de traços de DNA que os vândalos deixaram na sede dos Três Poderes. 27 peritos trabalharam na identificação dos invasores. 

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