A Inglaterra enfrenta uma greve nos trens e no metrô, e problemas nos aeroportos. Quem viaja de avião está enfrentando filas imensas e problemas com bagagens.
O aeroporto de Heathrow, o mais movimentado da Europa, pediu para que companhias aéreas cancelassem 10% dos voos para que o problema com malas de passageiros pudesse ser resolvido. Milhares ficaram espalhadas no chão por conta de uma falha técnica e também por falta de mão de obra.
Segundo a companhia de baixo custo Ryanair, a saída do Reino Unido da União Europeia está dificultando as contratações e britânicos se recusam a fazer certos tipos de trabalho. Empresar um trabalhador de outro país da Europa virou tarefa quase impossível. Com isso, a Inglaterra tem pelo menos 60 mil vagas em aberto.
A maior greve dos ferroviários em mais de 30 anos é outro problema que o Reino Unido enfrenta nos transportes. A categoria pede melhores condições de trabalho e aumento salarial.
Cerca de 50 mil trabalhadores cruzaram os braços nesta terça-feira (21). O metrô de Londres, utilizado por dois milhões de pessoas todos os dias, também parou.
As empresas que controlam os trens dizem que não tem dinheiro para dar o 7% de aumento que os sindicatos pedem. As negociações não estão avançando e mais greves devem acontecer.
O governo, por enquanto, está de mãos atadas. Não pode intervir nas negociações porque as empresas são privadas. Mas políticos fazem pressão para a categoria ceder e alegam que, durante a pandemia, injetaram 16 bilhões de libras - mais de R$ 100 bilhões, para manter o setor funcionando.