Inglaterra enfrenta caos com greve nos trens e metrô e problemas nos aeroportos

Greve dos ferroviários é a maior dos últimos 30 anos. Quem viaja de avião está enfrentando filas imensas e problemas com bagagens

Por Felipe Kieling

A Inglaterra enfrenta uma greve nos trens e no metrô, e problemas nos aeroportos. Quem viaja de avião está enfrentando filas imensas e problemas com bagagens.

O aeroporto de Heathrow, o mais movimentado da Europa, pediu para que companhias aéreas cancelassem 10% dos voos para que o problema com malas de passageiros pudesse ser resolvido. Milhares ficaram espalhadas no chão por conta de uma falha técnica e também por falta de mão de obra.

Segundo a companhia de baixo custo Ryanair, a saída do Reino Unido da União Europeia está dificultando as contratações e britânicos se recusam a fazer certos tipos de trabalho. Empresar um trabalhador de outro país da Europa virou tarefa quase impossível. Com isso, a Inglaterra tem pelo menos 60 mil vagas em aberto.

A maior greve dos ferroviários em mais de 30 anos é outro problema que o Reino Unido enfrenta nos transportes. A categoria pede melhores condições de trabalho e aumento salarial.

Cerca de 50 mil trabalhadores cruzaram os braços nesta terça-feira (21). O metrô de Londres, utilizado por dois milhões de pessoas todos os dias, também parou.

As empresas que controlam os trens dizem que não tem dinheiro para dar o 7% de aumento que os sindicatos pedem. As negociações não estão avançando e mais greves devem acontecer. 

O governo, por enquanto, está de mãos atadas. Não pode intervir nas negociações porque as empresas são privadas.  Mas políticos fazem pressão para a categoria ceder e alegam que, durante a pandemia, injetaram 16 bilhões de libras - mais de R$ 100 bilhões, para manter o setor funcionando.

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