A inflação acelerou em outubro, puxada pela alta nas contas de luz. De acordo com o IPCA divulgado nesta sexta-feira (8) as carnes tiveram a maior alta em quatro anos, com 5,8. O clima seco dos últimos meses é apontado como motivos para os dois aumentos.
Entre os cortes que mais subiram, estão: acém, com 9,09%; costela, 7,40%; contrafilé, 6,07%; e alcatra, 5,79%.
A demanda interna, aquecida pelos bons níveis de emprego, e as exportações em alta, ajudam a explicar esse cenário. Tem também o menor número de bois disponíveis para o abate, por causa do fim do ciclo da pecuária. Além disso, o tempo seco, que prejudicou as pastagens. O clima deve continuar afetando os preços dos alimentos.
“Esse é um problema relativamente sério, porque nós não temos o controle sobre as condições climáticas. Então, na verdade, os preços de alimentos consumidos no domicílio, principalmente, ficam à mercê desses fatores climáticos”, explicou Otto Nogami, professor de economia do Insper, ao Jornal da Band.